Festival Porongos

O festival

Iniciativa criada em 2018 para impulsionar a cultura negra no Sul do Brasil, o Festival Porongos – Concertos Descentralizados chega a sua terceira edição amplificando sua atuação, agora, junto às comunidades periféricas de Porto Alegre. Tendo por objetivo fomentar redes de artistas negros da indústria cultural local e democratizar o acesso às artes e à cultura, o projeto consiste em um festival de música (gratuito e aberto ao público) e em atividades formativas para moradores da Zona Leste de Porto Alegre. A realização conta com recursos da Lei Complementar nº 195/2022, Lei Paulo Gustavo.

O Festival Porongos irá ocorrer entre os meses de setembro e novembro próximo no Centro de Educação Ambiental (CEA), no bairro Bom Jesus. Com oficinas de formação, que terão lugar na Associação de Moradores da Cefer 2 (AMC2), no bairro Cefer 2. 

O festival de música negra, para todas as gerações, irá reunir atrações de diferentes estilos musicais. A escolha da data para o festival de música é uma tributo ao poeta e escritor Oliveira Silveira, que liderou o movimento pela criação do Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem ao líder negro, Zumbi de Palmares, morto no dia 20 de novembro de 1695.

 “É muito gratificante, olhar o percurso que o Porongos vem trilhando. O Festival disponibiliza um território negro efêmero de celebração e afirmação de nossa identidade afro-gaúcha”, comenta Thaise Machado, idealizadora e coordenadora do projeto. 

O Festival Porongos é um ato de exaltação aos Lanceiros Negros, bravos guerreiros que lutaram na Guerra Civil Farroupilha em troca de sua liberdade. O festival dedica-se a promover arte e cultura negra em protesto ao histórico evento em Cerro dos Porongos. “A arte, para a população negra, sempre foi e será uma das principais ferramentas de combate ao racismo e de denuncia de preconceitos. O Festival Porongos se afirma como forma de manifesto”, afirma Machado.

Em breve programação completa!

Oficina 2

Audiovisual como Ferramenta de Comunicação

com Ana Moura e Hilton Oliveira

12.OUT
sábado, 10h às 17h

A oficina é voltada para pessoas interessadas em compreender como a produção audiovisual pode dialogar com práticas ancestrais de compartilhamento de histórias orais, construindo um elo entre passado e presente. A programação inclui um módulo teórico sobre os conceitos de memória e audiovisual, seguido de atividades práticas em que os participantes aprenderão a realizar registros audiovisuais com seus celulares, desenvolvendo habilidades técnicas que serão aplicadas na criação de conteúdos que valorizem memórias coletivas e individuais.

Onde?
Centro de Educação Ambiental (CEA), no Bairro Bom Jesus | Rua T, 835 , Bairro Bom Jesus

Oficina 3 - Escrita criativa

O poder da palavra contemporânea herdada da africanidade

com Fátima Farias e Mikaa

26.OUT
sábado, 10h às 17h

As ministrantes, Fátima e Mikaa, irão compartilhar suas experiências e conhecimentos, trazendo títulos e autores representativos da literatura periférica e da africanidade que contribuem para o enriquecimento cultural e literário. Entre as referências que serão exploradas estão nomes como Machado de Assis, Victoria Santa Cruz, Mário Quintana, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Cruz e Souza, Maria Firmina dos Reis e Abdias do Nascimento.

Com o intuito de provocar a curiosidade dos participantes, a oficina propõe exercícios descontraídos que permitirão o surgimento de perguntas e reflexões sobre o momento literário atual. Além dos textos autorais, os/as participantes terão a oportunidade de trabalhar aspectos como a oralidade e a ancestralidade, explorando a construção poética desde o verso e a rima até os gestos e as gírias que fazem parte da vivência periférica.

A metodologia ativa será aplicada durante a oficina, colocando os participantes como protagonistas do processo criativo. Cada atividade será desenvolvida com base em exercícios práticos e rodas de conversa, proporcionando um ambiente de aprendizado colaborativo e de trocas culturais ricas e significativas. A oficina será encerrada com uma roda de conversa para que os/as participantes possam compartilhar suas experiências e percepções.

Onde?
Associação de Moradores da Cefer 2 – AMC2, Bairro Cefer 2